O impacto social da pandemia para as famílias de baixa renda
Por Helison Ferreira- professor do curso de Serviço Social da UNINASSAU Caruaru, assistente social, especialista em Gestão Pública
Muitas discussões são aprimoradas no campo da saúde devido à pandemia desde março de 2020. Pesquisadores, estudantes, civis e todo o resto do mundo se atentaram para os efeitos que a COVID-19 estava causando, no entanto, os efeitos nefastos não conduziram apenas ao crescente número de óbitos, mas promoveram uma ruína no tocante às pessoas de baixa renda.
É sabido por todos os brasileiros que mesmo antes da pandemia, o Brasil já passava por diversos problemas sociais e que não estávamos longe de superar a crise. O país já vinha discutindo soluções para reduzir o índice da pobreza extrema, que já assolava a nação, como apontam o site do G1. Segundo a fonte, em 2020, cerca de 13 milhões de pessoas vivem em extrema pobreza, um saldo com tendência de aumento.
Com a chegada da pandemia esses números não foram reduzidos, dando a oportunidade de aumento e ainda, pessoas que iniciava um percurso diferente, tentando melhorar sua vida, saindo do abismo da fome, retorna para o mesmo lugar com força total, já que as Políticas de avanço tiveram que ser pausadas devido ao momento atual.
De acordo com o IBGE (2010), o Brasil é um país com estimativa de 290 milhões de habitantes, é sabido que esse número sofreu e sofre aumento diariamente, mas por base no último Censo, é possível imaginar que um país como o nosso não é assombroso encontrar relatos de desemprego, morte, e tantas outras situações de vulnerabilidade, e sem contar que a questão social atribuída nesse momento é pauta de cuidado e atenção.
Os moldes no qual o país vem sendo processado ainda é muito pequeno diante da grandiosidade no tocante ao número de mortes e da forma como isso vem sendo interpretado. Se faz necessário Políticas Sociais efetivas para conseguir chegar nas famílias com maior vulnerabilidade. Famílias que vivem com R$ 151,00, segundo informa o IBGE, para passar o mês é insuficiente.
O aumento do desemprego e da baixa mão de obra tem fortalecido a escassez e a fragilização da valorização do trabalho, inferiorizando ainda mais a força de trabalho. Essa reflexão nos remete a pensar que o trabalhador começa a buscar campo laboral nunca ido antes, mas não é por capacidade técnica, mas pela falta de espaço. Se avaliarmos a partir dos números divulgados pelo IBGE, no Brasil, este ano, já chegamos mais de 14 milhões de desempregados e esse quantitativo reverbera no dia a dia das pessoas.
Se não houver intervenção rápida, a preocupação com o país será ampliada, já que os números de óbitos crescem, o número de desempregados aumenta e a situação das pessoas em maior vulnerabilidade escancaram, demonstrando o quanto ainda precisamos evoluir. É possível salvar o nosso país se houver Políticas Sociais efetivas que consigam atender a demanda de todas e todos.
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