Desde a última sexta-feira (13), milhões de brasileiros já têm acesso ao Saque Imediato do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), liberado pelo Governo Federal. O decreto presidencial declarou a liberação dos saques de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia. Segundo esse decreto, todos os trabalhadores, que possuam contas ativas ou inativas do FGTS, podem sacar até R$500 de cada uma delas, limitado ao valor do saldo. Mas o que fazer com esse dinheiro extra? Pagar dívidas ou investir?
O administrador e coordenador do curso de Administração da Faculdade UNINASSAU Caruaru, Marco Sodré, explica que a decisão do que fazer com o valor recebido varia de caso a caso, mas o pagamento de dívidas pode ser um passo inicial. “Existem casos e casos, pois, mesmo sacando apenas até R$500,00 de cada conta inativa, tem pessoas que receberão um bom dinheiro, outras um valor menor. Então, precisa ser avaliado com cuidado. Mas, de forma geral, a prioridade é quitar dívidas”, explica.
Ainda sobre as dívidas, Sodré esclarece que podem ser de quaisquer tipos, sejas as que estão com status de inadimplência, seja as que vêm sendo pagas, tal como um financiamento estudantil, de carro ou de imóveis. “Antecipando a quitação das parcelas, o desconto se torna bem atrativo. Os juros são um elemento nocivo à vida financeira e devem ser combatidos sempre que possível”, complementa o administrador.
A orientação do coordenador, caso o indivíduo não possua dívidas, é que ele invista esse dinheiro, mesmo que não seja muito. “Desse início, pode nascer uma boa reserva se a cada mês somar-se a este valor inicial, alguma sobra das despesas do mês”, sugere.
“Independentemente do que se pretenda fazer com o dinheiro, a modalidade oferecida de saque imediato é sempre mais interessante do que permanecer com o dinheiro no FGTS. Primeiro motivo é a chamada liquidez, o dinheiro do fundo de garantia é de difícil acesso, sua legislação nos impõe uma série de restrições para acessá-lo. O segundo motivo é o rendimento. O Fundo de Garantia oferece um rendimento de cerca de 5% a 5,5% e, mesmo com a nova divisão dos lucros, deverá subir para 6,5 a 7% ao ano, visto que existem modalidades de investimento rendendo 11%, 12% ou até mais a depender do risco que o investidor aceite correr”, esclarece Sodré.
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